Tenho ratos roendo o céu das escadas verdes ou de madeira mole da humidade.
Tenho gatos, quase imundos, agentes alergénicos tão bons que me causam o que eu quiser inventar. Hordéolo comichante.
Tenho joanetes cantarolantes que bailam melhor que eu no verão. Hallux Valgus valsante.
Tou cheinha de roupa por passar à espera que ontem fosse dia de ganhar o euromilhões.
Não tenho emprego mas estou de Férias de Natal.
Vou viajar até hoje e acentar as micoses no quarto.
Inundação de Ideias
terça-feira, 19 de junho de 2012
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Prurido
Embebedado, o desvaneio fez-me querer outro desvalorizado.
Agora este chorar faz-me contestar.
Não percebo porque é que tive que começar a amar.
Que doida obsessão que aleito quando abraço.
Que credo repetido.
Que ciumeira louca que me arranca a pele pelas unhas enraivecidas
por este prurido descompreendido.
Que ansiedade de me submeter a mim, embriagada.
No turvo mundo não penso que sou insuficiente, quase transbordo.
quarta-feira, 21 de março de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
segunda-feira, 5 de março de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
Poemas da Cerveja
O meu amor é patético.
Parece quase genético.
A tua língua alentejana.
Satisfaz-me ao fim-de-semana.
Na tua mente amarela.
Eu sei que gostas dela.
Mas o meu feitio é errático.
E o filme torna-se matemático.
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