terça-feira, 19 de junho de 2012

Unhas polidas

Tenho ratos roendo o céu das escadas verdes ou de madeira mole da humidade.
Tenho gatos, quase imundos, agentes alergénicos tão bons que me causam o que eu quiser inventar. Hordéolo comichante.
Tenho joanetes cantarolantes que bailam melhor que eu no verão. Hallux Valgus valsante.
Tou cheinha de roupa por passar à espera que ontem fosse dia de ganhar o euromilhões.
Não tenho emprego mas estou de Férias de Natal.

Vou viajar até hoje e acentar as micoses no quarto.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Prurido


Embebedado, o desvaneio fez-me querer outro desvalorizado.
Agora este chorar faz-me contestar.
Não percebo porque é que tive que começar a amar.
Que doida obsessão que aleito quando abraço.
Que credo repetido.
Que ciumeira louca que me arranca a pele pelas unhas enraivecidas por este prurido descompreendido.
Que ansiedade de me submeter a mim, embriagada.
No turvo mundo não penso que sou insuficiente, quase transbordo.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Eu, cá, acredito que os vivos comunicam de formas estranhas e que os mortos estão deitados (quase sempre).

segunda-feira, 19 de março de 2012

domingo, 15 de janeiro de 2012

Poemas da Cerveja

O meu amor é patético.

Parece quase genético.

A tua língua alentejana.

Satisfaz-me ao fim-de-semana.

Na tua mente amarela.

Eu sei que gostas dela.

Mas o meu feitio é errático.

E o filme torna-se matemático.